Estou começando com o processo de re-postagem do blog, mas também irei continuar postando algumas boas novidades!

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Eloy - Inside (1973)

Ao se falar em Eloy, geralmente vem à mente o seu som bem "floydiano", como o presente nos discos Ocean e Silent Cries and Mighty Echoes. Os três primeiros discos do Eloy são bem diferentes. O primeiro, chamado Eloy, é hard puro; o segundo, chamado Inside, é o primeiro disco progressivo do grupo e pode ser considerado um space-rock um pouco sinfônico, sendo bem mais pesado que seus discos da segunda metade da década de 70. O Eloy progressivo do início de 70, embora fosse um grupo de prog alemão inclinado para o hard, tinha um estilo bem diferente de Can, Faust, Amon Düül II e outras bandas comumente associadas ao Krautrock, não sendo tão dissonante ou experimental. Esta é a fase mais original do Eloy e não é muito fácil compará-la com o estilo de outros grupos.

Os arranjos musicais do Inside dão ênfase aos instrumentos e não são particularmente complexos, às vezes, são até bem simples; contudo, esta aparente desvantagem é compensada pela rápida e envolvente evolução da música, criando uma música complexa a partir de trechos simples. Todas as quatro faixas do Inside contém uma atmosfera sombria, misteriosa e "viajante"; geralmente com agressividade, mas sem dispensar as passagens suaves. Sombrio não é uma característica típica do grupo, mas ela encontra-se principalmente no Inside.

O Eloy de forma alguma pode ser considerado um grupo de músicos virtuosos, mas esta falta de talento não atrapalha em nada a execução do Inside, pois suas músicas exigem apenas uma competência básica, e isto o grupo possui. O segredo do Inside reside, como já disse, na composição, na evolução das músicas.

Exceto por Up and Down, que para meu gosto é arrastada demais (poderia evoluir mais), todas as demais são muito boas e Land of No Body é justamente minha música favorita do Eloy. Como um todo, somente o Floating (terceiro disco) supera o Inside.

Como curiosidade, cabe comentar que o nome do grupo se refere a uma raça humana inventada por H. G. Wells em seu livro Time Machine.
Por: Davi

1. Land of No Body (17:14)
2. Inside (6:35)
3. Future City (5:35)
4. Up and Down (8:23)

Frank Bornemann - Guitarra, Vocais.
Helmut Draht - Bateria.
Fritz Randow - Guitarra, Bateria.
Erich Schriever - Vocais.
Wolfgang Stocker - Baixo.
Manfred Wieczorke - Guitarra, Teclados, Vocais.

Baixar.

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