Apelidado por muitos colecionadores como "o Black Sabbath americano", o Bang foi formado em 1971 na Filadélfia e tem uma carreira dividida em duas fases distintas. A primeira engloba o período de 1971 a 1973, anos nos quais o grupo lançou quatro discos: Death of a Country e Bang em 1971, Mother / Bow to the King em 1972 e Music em 1973. Depois disso a banda se separou, voltando a se reunir apenas em 1999, ano em que lançaram o mediano RTZ - Return to Zero e, mais recentemente, o bom The Maze em 2004.
Na primeira e clássica encarnação, dois álbuns se destacam: Bang e Mother / Bow to the King. O disco que dá nome à banda, lançado originalmente em 1971, traz em suas oito faixas um hard rock cadenciado, cujas principais características são o peso extremo das guitarras e o talento diferenciado de Gilcken para compor riffs pegajosos e que não saem da cabeça. Ou seja, um som muito similar ao do Black Sabbath e, em alguns aspectos, até mesmo um pouco à frente do grupo de Tony Iommi, já que Bang foi lançado no mesmo ano de Master of Reality. Quando eu falo que o Bang estava à frente do Sabbath eu me refiro ao peso dos riffs, porque naquela época o Black Sabbath ainda não havia consolidado este aspecto como um dos principais elementos da sua música, fato que iria ocorrer justamente com seus lançamentos posteriores, Vol 4 e Sabbath Bloody Sabbath.
Quer dizer então que o Bang influenciou o Black Sabbath? Não sei, sinceramente. O que sei é que este disco é um biscoito fino para todo e qualquer fã de hard rock setentista. É impossível ouvir faixas como "Lions, Christians", "The Queen", "Come With Me", "Future Shock", "Questions" e "Redman" e não começar a bater cabeça, mesmo que instintivamente. Pra completar, o timbre de Frank Ferrara, além de suas linhas vocais, lembram muito o que Ozzy Osbourne fazia naqueles primeiros anos do Sabbath.
Mesmo assim, o Bang apresenta nesse seu segundo disco um trabalho com uma qualidade bastante elevada, que não deve nada aos hoje clássicos álbuns gravados e colocados no mercado naquele ano de 1971, e que com o passar dos anos se transformaram em clássicos indiscutíveis entre os admiradores de um bom hardão setentista.
Potencial e motivos para isso Bang tem. Ouça e tenho certeza de que você concordará comigo.
Por: Ricardo Seelig
1.Lions, Christians 3:58
2.The Queen 5:24
3.Last Will and Testament 4:09
4.Come with Me 4:12
5.Our Home 3:26
6.Future Shock 4:38
7.Questions 3:50
8.Redman 4:58
Frank Gilcken - guitarra
Frank Ferrara - baixo
Tony D´Lorio - bateria
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